quarta-feira, 20 de junho de 2012

Hazel Eyes







Olhos castanhos
Não são bem castanhos
Olhos de avelã
De oliva
Olhos de tempestade
Que trazem a tormenta
E levam embora o sossego

Mas pra quê quero este sossego
Que se transforma pouco a pouco em monotonia?
Já me cansei da tranquilidade pálida e sem vida
Dela me refugio naquela cor
Na profundidade fria
Que arde como o fogo

Mas a cor não é bem certa
De dia traz o brilho verde da água
E à noite confunde-se com a escuridão aterradora

Seria apenas um clichê dizer que posso me afogar neles
Se não fossem como a ressaca do mar
Que tudo arrasta e engole
Trazendo somente os restos no dia seguinte

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